A Capela de Santa Ana
A devoção a Santana vem desde o final do século XVIII quando surgiu o povoado de Santana, ponto onde as caravanas (ou tropas) de viajantes e desbravadores seguiam em direção a Teresópolis, no caminho para Minas Gerais. O atual bairro do Bananal, na época, era um ponto de parada obrigatória. Os desbravadores Iam ao lombo de burros, e ali dormiam, bebiam água pura, comiam e rezavam na capela de Santana. A pequena igreja foi fundada em 1730. Nos fundos dela já existia o cemitério, onde muitos mortos por febre de todos os tipos, eram sepultados.
As missas dominicais eram celebradas por sacerdotes que aqui passaram: Pe.Eugênio, Pe. Fernando, Pe. Aniceto, Pe. Djalma, Pe. João, Pe. José Bunatti, Monsenhor Ildeu, Pe. Carlos Veraldo e Pe. Adamastor, filho de Guapi, que nas férias ali também reunia os fiéis em torno da eucaristia.
Na época do saudoso Pe. José Bunatti a capela já não comportava toda a assembléia, grande parte ficava do lado de fora, tanto que nas festas as missas eram campais. Pe. José vinha a pé de Guapimirim (Matriz) para celebrar a missa e, por muitas vezes, era o primeiro a chegar à capela para a celebração. Com sua saída recebemos o Pe. Ildeu, que ficou conosco por duas décadas, realizando um belo e grandioso trabalho como pároco de Guapimirim. Após longos anos de muito serviço solitário, fomos agraciados com a vinda do Pe. Carlos Veraldo, que, com sua alegria contagiante, ajudou muito ao monsenhor e contribuiu para manter acesa a chama da fé do povo por Santana.
Na comunidade foram fundados alguns grupos, como: as Filhas de Maria, a Cruzada Eucarística, o Apostolado da Oração, a Liga Católica, o RCC, a Catequese, os grupos jovens JUM e Nova Geração, o Coral Rouxinóis entre outros. Boa parte destes movimentos perseveram até hoje, outros deixaram saudades pela riqueza do trabalho. Como o JUM e o Nova Geração, formados por jovens, dos quais alguns já faleceram, e outros, ainda hoje trabalham na Paróquia. O Coral Rouxinóis abrilhantou muitas celebrações em Santana com lindas músicas sacras. Os componentes que passaram pelo coral estão também firmes e fortes até hoje, contribuindo através do dom que Deus lhe deu para louvarmos e adorarmos a Ele pelo canto. Um deles descobriu sua vocação para o sacerdócio e hoje podemos dizer com orgulho que temos um sacerdote da nossa comunidade, o Pe. Marco Antonio Teixeira, pároco da paróquia de Areal.
Quantas famílias se formaram nesta capela... De um simples e descompromissado encontro na festa de Santana, iniciaram-se namoros que chegaram a casamentos. Nossos batizados, primeiras eucaristias, crismas, também a dos nossos filhos e netos de alguns, aconteceram nesta capela.
A festa de Santa Ana era a mais tradicional e maior festa religiosa de Guapimirim. Como as datas de 26 de julho sempre coincidiam com o período de férias escolares, estas eram marcadas pelos reencontros de familiares e amigos. Era a programação das férias de julho para muitas famílias. Eram várias as atrações, valendo destacar as apresentações de grupos de danças regionais, shows de música católica e popular, pratas da casa, peças de teatro; eram também organizados leilões com doações de fazendeiros da região participantes do evento. Vinham barraqueiros de todos os lados e sempre um bom parque de diversões. Porém, com o crescimento e desenvolvimento urbano da região, o espaço físico para a organização da festa foi diminuindo. Nos últimos anos a festa vem sendo realizada no pátio da capela.
Com o passar do tempo a igreja recebeu várias reformas estruturais e, recentemente foi pintada, já na gestão do Pe. Rodrigo, que com muito carinho administra a matriz e suas capelas. A capela de Santana que, belamente restaurada, passou a ter a missa da esperança, toda segunda-feira.
Missa da Esperança toda 2ª feira às 19:00
Senhora Santa Ana
Alguns escritos apócrifos narram a respeito da vida destes que foram os primeiros educadores da Virgem Santíssima. Também os Santos Padres e a Tradição testemunham que São Joaquim e Santa Ana correspondem aos pais de Nossa Senhora.
Santa Ana teria nascido em Belém, São Joaquim na Galileia. Ambos eram estéreis. Mas, apesar de enfrentarem esta dificuldade, viviam uma vida de fé e de temor a Deus.
Ana e Joaquim nunca desistiram. Rezaram por muito e muito tempo até que, quando já estavam quase perdendo a esperança, Joaquim dirigiu-se para o deserto, e ali passou, em jejum e oração, 40 dias. Ao terminar os 40 dias, apareceu-lhe um anjo anunciando que teriam um filho e Ana engravidou. O Senhor então os abençoou com o nascimento da Virgem Maria e, também segundo uma antiga tradição, São Joaquim e Santa Ana já eram de idade avançada quando receberam esta graça.
Maria, ao nascer no dia 8 de setembro de um ano desconhecido, não só tirou dos ombros dos pais o peso de uma vida estéril, mas ainda recompensou-os pela fé, ao ser escolhida para, no futuro, ser a Mãe do Filho de Deus. A menina Maria foi levada mais tarde pelos pais Joaquim e Ana para o Templo, onde foi educada, ficando aí até ao tempo do noivado com São José. A data do nascimento e morte de Santa Ana e São Joaquim não possuímos, mas sabemos que vivem no coração da Igreja e nesta são cultuados desde o século VI.
A princípio, apenas Santa Ana era comemorada e, mesmo assim, em dias diferentes no Ocidente e no Oriente. Em 25 de julho pelos gregos e no dia seguinte pelos latinos. A partir de 1584, também São Joaquim passou a ser cultuado, no dia 20 de março. Só em 1913 a Igreja determinou que os avós de Jesus Cristo deviam ser celebrados juntos, no dia 26 de julho.
Santa Ana é venerada como padroeira das mulheres casadas, especialmente das grávidas, cujos partos tornam-se rápidos e bem-sucedidos, é também protetora das viúvas, dos navegantes e marceneiros.
Maria descende de uma família santa, exemplo de fé, oração, paciência e amor a Deus. É no seio desta família que são alicerçadas suas conhecidas virtudes.
Sant'Ana, rogai por nós!
Fonte: Livro Magé Terra de Dedo de Deus, site: http://www.guapi.com.br/html/historico/historico.htm e a colaboração de alguns féis da paróquia. Site da Catedral de Santana – Feira de Santana.
- http://www.cancaonova.com/portal/canais/santodia/index.php?dia=26&mes=7
- http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=26&Mes=7
Já assiti ali belo casamentos, com pessoas vido da capital para casar ali.
ResponderExcluirLinda capela