Na abertura do V Cerco de Jericó,
nesta segunda-feira (02), dia em que comemoramos 97 anos da aparição da imagem
de Nossa Senhora Aparecida em águas brasileiras, uma solene missa, presidida
pelo Pe. Alan, vigário da Paróquia Nossa Senhora da Piedade em Magé, deu o
pontapé inicial para uma semana intensa de oração na paróquia. Com o tema
“Fortes na Tribulação”, baseado na obra de mesmo nome do Pe. Fabrício, da
Comunidade Canção Nova, o sacerdote conduziu a noite com uma reflexão a cerca
das lutas diárias travadas por aqueles que buscam o céu.
Com leituras providencialmente de
acordo com o tema do dia, os fiéis iniciaram a celebração ouvindo as palavras
de São Paulo ratificando a importância do batismo no Espírito Santo na vida dos
que seguem a Cristo, confirmado pelo evangelho de São João, onde Cristo convida
seus seguidores a terem “coragem, por ter Ele, primeiro, vencido o mundo”.
A essas declarações, o sacerdote
iniciou sua homilia explicando a diferença entre tentações e provações. “As
tentações são dadas pelo demônio, que quer o nosso mal. As provações são
instrumentos de lapidação das almas raras, e Deus é quem as permite”. Para o
padre, uma joia rara tem alto valor porque desde sua concepção, o mineiro, que
a retira da natureza, opera um grande trabalho de purificação. Esse grande
esforço é o que valoriza o produto. Também Deus, ao permitir que suas almas
sejam experimentadas pelo sofrimento e pelas lutas, deseja retirar as arestas e
imperfeições, fazendo com que só fique a essência da alma, e assim seja
identificada a sua raridade, fim último da vida terrestre.
Pe. Alan disse ainda que o céu é
para os que lutam sempre. “No paraíso, com Deus, só os santos poderão estar, e
Ele quer isso para todos, por isso prova-nos a todos.” Ao citar o evangelho de
São Marcos, que narra o milagre de Jesus a quem os ventos obedecem, o ministro
destacou que Jesus sempre pede que seus discípulos atravessem à outra margem,
mais distante, pois sabe que na travessia a fé passa por sua prova de fogo. “O
Senhor não nos permite ser passivos, acomodados. Quer-nos sempre ativos,
operantes e totalmente desapegados das outras coisas”, declarou. Para ele,
apesar de Jesus estar dormindo, ele está na barca, e por isso ela “nunca irá
afundar”.
Antes de encerrar, Pe. Alan fez
um momento de adoração ao Santíssimo Sacramento. Depois a comunidade Mater
Dolorosa de Jerusalém, de Petrópolis, que está animando o Cerco de Jericó durante a semana,
conduziu um momento de oração para os homens na igreja, enquanto as mulheres
participavam de uma palestra sobre a força de Nossa Senhora nas tribulações.
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