Cristãos e não cristãos já ouviram ou vão ouvir falar nos próximos dias sobre o Sínodo das famílias. O Papa Francisco com Cardeais, Bispos e membros das Conferências Episcopais de todo o mundo participarão da 14º Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos sobre a Família,
que acontecerá de 4 a 25 de outubro, abordando o tema “A vocação e
missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”.
Porém, nós, cristãos católicos, necessitamos conhecer melhor o assunto para defendermos a família nesta sociedade consumista, como relatou o Papa Francisco em seu discurso para os Bispos Americanos no Encontro das Famílias, na Filadélfia "... nas últimas décadas, desenvolveram-se e expandiram-se negócios de outro
tipo: os centros comerciais, espaços imensos com grande variedade de
mercadorias. O mundo parece que se tornou um grande supermercado, onde a
cultura adquiriu uma dinâmica competitiva. Já não se vende a crédito, não se
pode confiar nos outros. Não há ligação pessoal, relação de vizinhança. A
cultura atual parece incentivar as pessoas para entrarem na dinâmica de não se
prender a nada nem a ninguém. Não confiar, nem fiar-se. É que hoje a coisa mais
importante parece ser esta: correr atrás da última tendência ou atividade.
E isto também a nível religioso. O consumo é que determina o que é
importante hoje. Consumir relações, consumir amizades, consumir religiões,
consumir, consumir… Não importa o custo nem as consequências. Um consumo que
não gera ligações, um consumo que pouco tem a ver com as relações humanas. As
ligações são meramente um «meio» para satisfazer as «minhas necessidades».
O próximo, com o seu rosto, com a sua história, com os seus afetos,
deixou de ser importante.Este comportamento gera uma cultura que descarta tudo
aquilo que já «não serve» ou «não satisfaz» os gostos do consumidor. Fizemos da
nossa sociedade uma imensa vitrine multicultural, atenta apenas aos gostos de
alguns «consumidores», enquanto muitos, muitíssimos outros «comem as migalhas
que caem da mesa de seus donos» (Mt 15, 27).
Isto provoca uma grande ferida. Atrevo-me a
dizer que uma das principais pobrezas ou raízes de muitas situações
contemporâneas é a solidão radical a que se vêem forçadas muitas pessoas. E
assim, indo atrás do que «me agrada», olhando ao aumento do número de
«seguidores» numa rede social qualquer, as pessoas seguem a proposta oferecida
por esta sociedade contemporânea. Uma solidão temerosa de qualquer compromisso,
numa busca frenética de se sentir conhecido.
Procuremos nos informar melhor sobre o Sínodo nas mídias católicas, para estarmos aptos a explicar e estimular outros irmãos a acompanharem e rezarem pelo bom êxito deste encontro.
Oração do Papa Francisco pelo próximo Sínodo da Família
“Jesus, Maria e José
em vós nós contemplamos
o esplendor do verdadeiro amor,
a vós dirigimo-nos com confiança.
Sagrada Família de Nazaré,
faz também das nossas famílias
lugares de comunhão e cenáculos de oração,
autênticas escolas do Evangelho
e pequenas igrejas domésticas.
Sagrada Família de Nazaré,
nunca mais nas famílias se vivam experiências
de violência, fechamento e divisão:
quem quer que tenha sido ferido ou escandalizado
receba depressa consolação e cura.
Sagrada Família de Nazaré,
o próximo Sínodo dos Bispos
possa despertar de novo em todos a consciência
da índole sagrada e inviolável da família,
a sua beleza no desígnio de Deus.
Jesus, Maria e José
escutai, atendei a nossa súplica. Amém.”
Saiba mais:
http://www.ecclesia.pt/sinodofamilia/
http://pt.radiovaticana.va
http://www.cnbb.org.br
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